Pregador, europeu. No século se chamava José Francisco Pinheiro, natural e batizado na freguesia de São Martinho de Lordelo do Ouro, bispado do Porto. Filho legítimo de Manuel Francisco Pinheiro, e de sua mulher Josefa Joaquina Monteiro, ambos da mesma freguesia e bispado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de Sant’Ana Flores (1793-1796). Tomou o hábito no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, aos 28 de maio de 1794, sendo guardião o Ex-Leitor Fr. José Mariano do Amor Divino. Professou a 8 de junho de 1795, no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, para onde se transferiu o noviciado no dia 12 de maio de 1795, sendo guardião do Convento de Santo Antônio o Pregador Fr. José de São Joaquim Cardoso. Entrou no estudo de filosofia no Convento de N. P. São Francisco da cidade de São Paulo, de que foi lente o Ex-Leitor de teologia Fr. Joaquim de Santa Leocádia. Tendo, porém, no tempo dos 2 anos que passou em São Paulo um comportamento pouco religioso foi processado e remetido em custódia para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Por petição de Exmo. Sr. bispo de Minas (Mariana) D. Fr. Cipriano de São José, OFM, o reverendo Definitório o aliviou das penas disciplinares. Com patente do Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805), foi ordenado Sacerdote em São Paulo, a 27 de novembro de 1803. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 foi admitido ao estudo de teologia no Convento de São Francisco de São Paulo. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi eleito pregador e porteiro do Convento de Santo Antônio da vila de Santos. Saiu eleito presidente deste mesmo convento no capítulo celebrado a 12 de outubro de 1812. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi eleito presidente e Comissário de Terceiros para o Convento de São Boaventura de Macacu. Na congregação intermédia de 20 de abril de 1816 elegeram-no guardião do Convento de Nossa Senhora do Amparo da vila de São Sebastião. Sendo atual guardião deste convento, faleceu a 21 de janeiro de 1817 na Vila Bela (Ilhabela, SP), para onde se foi curar. Recebeu todos os Sacramentos, menos o Santíssimo Viático, por não poder.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1105.
