Confessor, europeu. No século se chamava José Soares Neves, natural da Vila de Troncoso, bispado da Guarda. Filho legítimo de Domingos Soares e de sua mulher Maria Francisca, ambos naturais da mesma Vila. Foi aceito à Ordem pelo Vigário Provincial Fr. Tomás dos Santos. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de São Francisco, de Vitória, capitania do Espírito Santo, aos 31 de março de 1726, sendo guardião Fr. Antônio Batista. Com este prelado e no mesmo convento professou aos 16 de setembro de 1727. Com patente do Ministro Provincial Fr. Luís de Santa Rosa foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro: recebeu Ordens Menores a IX, Epístola a 19 e Evangelho a 31 de dezembro de 1733. As de Presbiterato dia 1º de janeiro de 1734. Conferiu-lhe todas as Ordens Dom Fr. Antônio de Guadalupe, OFM, Bispo da dita cidade. Foi eleito confessor de seculares na congregação intermédia de 11 de fevereiro de 1747. Nesta mesma ocasião o nomearam presidente do Convento de São Luís de Itu. No capítulo de 17 de agosto de 1748 saiu eleito presidente do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Na congregação intermédia de 21 de fevereiro de 1750 foi nomeado presidente do Convento de Santa Clara de Taubaté. Tornou a ser eleito presidente deste mesmo Convento de Santa Clara, na congregação intermédia de 24 de março de 1753. Na congregação intermédia de 21 de abril de 1759 foi nomeado porteiro do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Saiu eleito guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté: no capítulo de 24 de janeiro de 1761. Entre outras esmolas que tem tirado, trouxe uma avultada de Viamão, RS, que serviu de desempenhar o Convento de Santa Clara. Tem servido de capelão na fortaleza da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis) e na da barra da Vila de Paranaguá pelos anos de 1770, neste mesmo ano foi provisionado vigário da freguesia recém-fundada de Nossa Senhora da Conceição de Sabaúna, no litoral sul paulista. Estando morador no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, enfermou e, indo para a enfermaria dele, depois de receber lodos os sacramentos, morreu aos 23 de fevereiro de 1784. Está sepultado na quadra onde se enterram os religiosos no dito convento.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 790.
