Ex-Leitor, Padre da Província, atual Secretário da Província, brasiliense. No século se chamava José Ferreira Villaça, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Candelária, cidade e bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Joaquim José Ferreira Villaça, natural e batizado na freguesia de Santa Catarina de Villaça, arcebispado de Braga, e de sua mulher Maria da Assunção, natural e batizada na sobredita freguesia de Nossa Senhora da Candelária. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de Sant’Ana Flores (1793-1796). Tomou o hábito no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, sendo guardião o Ex-Leitor Fr. José Mariano do Amor Divino, aos 3 de outubro de 1793. Professou no mesmo convento com o mesmo guardião, aos 4 de outubro de 1794, sendo de idade de 18 anos pouco mais ou menos e tomando por nome Fr. José Cupertino de São Francisco. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795, foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de São Francisco da cidade de São Paulo, sendo Lente o Ex-Leitor de Teologia Fr. Joaquim da Santa Leocádia. Foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, em 30 de novembro de 1799. Foi eleito passante para o estudo do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro no capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799. Juntamente foi instituído pregador e confessor de seculares. Foi eleito Lente de teologia para o estudo no Convento de São Francisco de São Paulo. Em 1802 foi para Comissário de Terceiros dos Campos de Goitacazes (Campos, RJ), por mandato do Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805). (Em 1803 estava ainda em São Paulo), e foi rendido por Fr. Mateus de Cristo na congregação intermédia de 11 de abril de 1807. Pela renúncia que fez da guardiania do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém o Ex-Leitor Fr. Antônio das Neves, foi eleito guardião do mesmo convento em princípios do ano de 1809. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 saiu nomeado Comissário de Terceiros para o Convento de São Francisco de São Paulo. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 foi eleito guardião do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. Aos 3 de agosto de 1814 foi condecorado com os privilégios de Ex-definidor ex gratia em virtude de um Breve do Senhor Núncio Apostólico. Na congregação intermédia de 20 de abril de 1816 foi eleito guardião do Convento de São Boaventura de Macacu. Saiu eleito Definidor da Mesa no capítulo celebrado a 18 de abri] de 1818. Nesta mesma ocasião foi declarado Padre da Província por um Breve do Senhor Núncio Apostólico pedido pelo Ministro Provincial Fr. Francisco Solano Benjamim (1814-1818). No capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821 foi eleito Secretário da Província, sendo confirmado no mesmo emprego na congregação intermédia de 26 de abril de 1823. No dia 5 de março de 1824 faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro das consequências de um tifo intenso que lhe deixando todavia o uso de suas faculdades intelectuais, lhe permitiu receber todos os sacramentos. Jaz sepultado na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1153.
