Confessor, Brasiliense. No século se chamava Joaquim Mariano Rodrigues, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Penha de França, bispado de São Paulo. Filho de pais incógnitos e criado em casa do Revdo. José Rodrigues. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro (1818-1821). Tomou o hábito para frade do coro, aos 16 de setembro de 1820, no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo guardião o Ex-Definidor Fr. João Nepomuceno de Valladares. Professou na mesma casa e nas mãos do mesmo guardião, aos 17 de setembro de 1821. Por patente do Ministro Provincial Fr. Ângelo de São José Mariano (1821-1823), foi promovido às Ordens, as quais lhe conferiu o Exmo. Sr. Dom José Caetano da Silva Coutinho (18116-1833), 8° bispo do Rio de Janeiro: Diácono no dia 1º de maio de 1822, e logo depois a Ordem de Presbítero. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 foi nomeado confessor de seculares. No capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825 foi eleito presidente para o convento de São Boaventura em Macacu; mas não foi exercer este emprego, por estar embarcado na Armada Imperial. No capítulo celebrado a 9 de agosto de 1828 saiu eleito presidente do convento de São Francisco em São Paulo; tão pouco exerceu este ofício por andar embarcado na Armada. Em março de 1830 foi nomeado pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim de São Daniel (1828-1831), vice-comissário da Ordem Terceira do Rio de Janeiro, cujo emprego tem exercido com satisfação. No capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831 saiu eleito guardião do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Por desempenhar com brilho este bem-merecido emprego, foi reeleito para esta guardiania sucessivamente na congregação intermédia de 23 de fevereiro de 1833, no capítulo celebrado a 23 de agosto de 1834 e na congregação intermédia de 27 de fevereiro de 1836. Atacado de uma furiosa febre deu a alma a Deus, tendo recebido todos os sacramentos, na enfermaria do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 27 de janeiro de 1837. Jaz sepultado na Quadra dos Religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1237.