Confessor. Padre da Província, europeu. No século se chamava José de Santa Teresa, natural da cidade do Porto e batizado na Sé da mesma cidade: filho legítimo de Constantino Ferreira Ribeiro e de sua mulher Maria Teresa, ambos do bispado do Porto. Foi aceito pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo guardião Fr. Antônio de Jesus Maria Claro, aos 2 de fevereiro de 1762. Por ordem do sobredito Ministro Provincial foi continuar o noviciado no Convento de São Boaventura de Macacu, aonde chegou em 6 de março, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 19 de abril de 1763. Foi admitido ao estudo de filosofia do Convento de São Francisco, de São Paulo, pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação, sendo mestre Fr. João Capistrano de São Bento. Entretanto, no primeiro ano o lançaram fora do estudo. Com patente do mencionado Ministro Provincial Foi ordenado sacerdote em São Paulo. Conferiu-lhe as ordens presbiterato em 28 de outubro de 1763, na Igreja de Santo Inácio, que foi dos padres jesuítas o Bispo da mesma cidade Dom Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, OFM. Foi organista nos conventos da Província 14 anos. O Ministro Provincial Fr. Cosme de Santo Antônio lhe deu licença para ir à cidade do Porto visitar os seus parentes. Por morte de Fr. Manuel de Santa Maria dos Anjos, procurador da Província em Lisboa, o Ministro Provincial Fr. Cosme de Santo Antônio o instituiu para esse emprego. No capítulo de 13 de dezembro de 1777 o elegeram, estando já por procurador em Lisboa, confessor de seculares. O Ministro Provincial deste capítulo lhe mandou patente de pró-ministro para votar no capítulo geral. Entretanto, não teve efeito (porque o capítulo não se realizou). Como procurador dm Província alcançou da rainha Dona Maria I, em 5 de dezembro de 1778 a confirmação da isenção de imposto» concedida pelos antigos reis de Portugal aos religiosos de São Francisco. Em 23 de janeiro o Núncio Apostólico em Lisboa lhe concedeu o título e os privilégios de Padre da Província. Confirmou-lhe estes privilégios aos 10 de março de 1781, acrescentando o privilégio de conventualidade no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Tem logrado sua estimação na Corte de Lisboa pela rara habilidade de fazer obras de penas e conchas. Em junho de 1783 chegou notícia à Província de que tinha transitado para a Ordem de São Bento de Avis.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 771.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1783.