Pregador, Padre da Província, europeu. No século se chamava João José Pereira de Faria, natural e batizado na freguesia de Santa Maria Madalena, Couto de Santo Tirso, bispado do Porto. Filho legítimo de José Pereira de Faria e de sua mulher Maria Bernarda, ambos da mesma freguesia e bispado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de Sant’Ana Flores (1793-1796). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 31 de julho de 1796, sendo guardião o Pregador Fr. José de São Joaquim Cardozo. Por ordem do Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-171)9) professou no mesmo convento, sendo guardião o lr. Ex-definidor Fr. Manuel Luís da Madre de Deus, aos 8 de dezembro de 1797, sendo de idade de 16 (?) anos, pouco mais ou menos e tomando por nome Fr. João de Santa Cecília. Pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados foi admitido ao estudo de filosofia, aberto no Convento de São Francisco da cidade de São Paulo, de que foi Lente o Ex-Leitor de Prima Fr. Francisco da Candelária. Foi ordenado sacerdote em São Paulo, em novembro de 1802 pelo Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi eleito confessor de seculares, pregador, presidente e Comissário de Terceiros para o Convento de Nossa Senhora do Amparo da vila de São Sebastião. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 foi nomeado passante para o estudo no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Mas passado ano e meio renunciou, ficando só exercendo os ofícios de sacristão-mor e mestre de cerimônias do sobredito convento, nos quais ofícios já estava empregado. Em virtude de um Aviso passado por ordem de Sua Alteza Real (Dom João VI) foi condecorado com os privilégios de Padre da Província por Breve do Exmo. Sr. Núncio Apostólico, arcebispo de Nisibi, datado a 10 de fevereiro de 1813. Sua Majestade foi servido nomeá-lo Capelão de sua Real Casa em 13 de maio de 1820. No capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821 foi eleito guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis) renunciou esta guardiania antes de tomar posse. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 saiu eleito guardião do convento da Senhora da Penha. Tendo de votar no capítulo indicado para o dia 15 de janeiro de 1825 renunciou a guardiania e o voto. Foi reconduzido na guardiania do mesmo convento no capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825, na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826 e na congregação intermédia de 13 de fevereiro de 1830. Sendo atual guardião deste convento da Senhora da Penha faleceu em 6 de maio de 1830, vomitando sangue e por isso sem os socorros da Religião. Foi sepultado no mesmo convento.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1203.