Pregador, europeu. No século se chamava João Corrêa dos Santos, natural da Cruz do Souto e batizado na freguesia de Farinha Podre, bispado de Coimbra. Filho legítimo de Manuel Corrêa, natural do lugar de Cortiça e batizado na freguesia de São Martinho da Cortiça, e de sua mulher Maria dos Santos, natural de Castinçal, freguesia de Farinha Podre. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 11 de abril de 1761, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues. Professou neste mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 12 de abril de 1762. Foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, a 13 de junho de 1766, com patente do Ministro Provincial Fr. Inácio da Graça (1764-1767), e lhe conferiu as Ordens o Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB (1745-1773), 6º bispo da dita cidade. Em 1767 foi porteiro do Convento de Santo Antônio de Santos. Foi admitido ao estudo de filosofia aberto no Convento de São Francisco de São Paulo, pelo Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770), sendo mestre o Ex-Leitor de teologia Fr. Bernardino e Sena, eleito para este magistério na congregação intermédia de 23 de julho de 1768, Por causa de moléstia deixou es estudo. Foi continuar o estudo no e Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo mestre o Lente Fr. José de Santa Maria Mascarenhas, Na congregação intermédia de 30 de julho de 1774, saiu eleito pregador e juntamente presidente do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. Foi pedido pelo Exmo. Sr. Vice-Rei Luís de Vasconcellos e Souza para capelão de um navio das Ilhas (Açores). De lá se passou para Lisboa, com licença do Senhor Núncio, para se curar de grande enfermidade que padecia. Estando em Lisboa saiu eleito confessor de seculares no capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787. Com Breve Pontifício transitou para o clero secular, a 7 de janeiro de 1788. Renunciando por último a esse Indulto Apostólico, tornou a vestir-se do seu santo hábito e se submeteu à obediência dos prelados da Ordem, com edificação nossa e contentamento geral, aos 9 de setembro de 1805. No capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805 foi eleito mestre de noviços. Em 1808 serviu de sacristão-mor do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, cargo que desempenhou com zelo e apuro. Munido com todos os sacramentos faleceu na enfermaria do sobredito convento. Fizeram-lhe os sufrágios, aos 11 de setembro de 1813. Jaz na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1070.
