Pregador, brasiliense. No século se chamava João José da Silva, natural e batizado na freguesia de São José da cidade do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Manuel Gonsalves, natural do bispado do Porto, e de sua mulher Maria da Trindade, natural do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo presidente in capite o Pregador Fr. Inácio da Anunciação, aos 31 de outubro de 1796. Professou no mesmo convento, sendo guardião o Ex-definidor Fr. Manuel Luís da Madre de Deus, aos 8 de dezembro de 1797, sendo de idade de 18 anos incompletos e tomando por nome Fr. João dos Serafins. Entrou no estudo de filosofia no Convento de N. P. São Francisco da cidade de São Paulo, aberto na congregação intermédia de 24 de março de 1798, sendo lente o Ex-Ieitor de Prima Fr. Francisco da Candelária. Com patente do Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805), foi ordenado Sacerdote em São Paulo pelo meado do ano de 1803 (diácono, a 4 de junho). Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi instituído confessor de seculares e pregador. Foi eleito presidente do Convento de São Francisco de São Paulo no capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805. Elegeram-no presidente do Convento de Santa Clara de Taubaté na congregação intermédia de 11 de abril de 1807. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 saiu eleito presidente do Convento de São Boaventura de Macacu. Entretanto, fez troca e foi ser presidente no Convento de São Luís da vila de Itu, sendo confirmado nesta presidência na congregação intermédia de 14 de abril de 1810. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 foi eleito guardião do Convento de Santo Antônio da vila de Santos. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 saiu eleito Mestre de Noviços; mas não exerceu este emprego. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi nomeado companheiro do porteiro para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Foi mudado para o Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. No ano de 1819 transitou para o clero secular do bispado de São Paulo, com Breve do Papa Pio VII.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1119.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1819.
