Lente, europeu. No século se chamava João Bernardo da Silva, natural e batizado na freguesia de Santa Engrácia de Lisboa. Filho legítimo de Tomé Bernardo da Silva, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Assunção da Vila de Pendilhe, Bispado de Lamego, e de sua mulher Ana Leonor, natural e batizada na freguesia de Santo André da Vila de Estremoz. Arcebispado de Évora. Foi aceito à Ordem pelo. Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação. Tomou o hábito no Convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, sendo guardião Fr. Tomás de Santa Catarina. Quem lhe lançou o hábito foi o mesmo Ministro Provincial, aos 18 de abril de 1762. E logo, por ordem dos mesmos prelados, partiu para o Convento de São Boaventura de Macacu a continuar o noviciado e chegou aos 20 de dito mês, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 19 de abril de 1763. Por ordem do sobredito Ministro Provincial entrou no estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo mestre Fr. Antônio da Anunciação. Com patente do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro, em 25 de janeiro de 1766. Conferiu-lhe as Ordens Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB, bispo da dita cidade. Aos 26 de abril de 1768, fora de congregação ou capítulo, o nomeou o dito Ministro Provincial Fr. José dos Anjos passante para o estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Na congregação intermédia de 23 de julho de 1768 foi eleito pregador. Na congregação intermédia de 27 de julho de 1771 o nomearam lente de moral para, depois de acabada a passantaria, «se lhe consignar convento para este ministério». Entretanto, o Ministro Provincial Fr. Inácio de Santa Rita Quintanilhas o mandou para o Convento de São Francisco de São Paulo a ler teologia especulativa. Foi eleito confessor de seculares na congregação intermédia de 30 de julho de 1774 Fez batizados na freguesia de Nossa Senhora do Monserrate de Cotia, SP, nos anos de 1774, 1775, 1776, 1778, 1781 e 1783. Em 1780 e 1781 serviu de pró Comissário de Terceiros do Convento de São Francisco de São Paulo. No Capítulo de 6 de outubro de 1781 o nomearam mestre para explicar moral no sobredito Convento de São Paulo. Entretanto, recusou este emprego e ficou assistente no palácio de Dom. Fr. Manuel da Ressurreição, OFM, bispo de São Paulo. Em 1781 (7 de abril) num ofício de queixa ao Ministro de Estado Martinho de Mello e Castro, o governador de São Paulo Martim Lopes Lobo de Saldanha, falando de seus atritos com o bispo, diz que este se deixa conduzir por dois religiosos de São Francisco: Fr. Manuel de Santa Gertrudes Fogaça e Fr. João Bernardes (= João da Conceição Silva). Em ano não declarado morava novamente no Convento de São Francisco de São Paulo, «louco perene». Neste mesmo convento veio a falecer, a 2 de agosto de 1788. Está sepultado na casa, onde se enterram os religiosos que morrem naquele convento.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 826.