Ex-Leitor, ex-definidor. Tomou o hábito na Custódia de Santo Antônio do Brasil. Foi nomeado lente de filosofia e teologia para o estudo, aberto em 1627. Começou a ler este curso no Convento de Olinda, PE. Mas tomando os holandeses a terra, o foi concluir no Convento de São Francisco, da Bahia. Sendo morador no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, foi instituído fundador e primeiro prelado da fundação, em São Paulo, onde, com mais seis companheiros, chegou a 5 de janeiro de 1640. Acusado de ser um dos promotores da expulsão dos jesuítas em 1640, defendeu-se em São Paulo pelo fim de janeiro de 1642. Em seguida (aos 22 de março de 1642 ainda estava em São Paulo) renunciou ao cargo de prelado local e embarcou para o Reino, a fim de ultimar sua defesa e desempenhar-se também da comissão que lhe confiara a Câmara de São Paulo. Regressou ao Brasil de todo justificado. Em 1651 chegou o ofício enviado pelo Conde de Óbidos comunicando que com justa causa havia agido a Câmara de São Paulo e mandando a sentença de desagravo alcançada pelos religiosos de São Francisco. Fr. Francisco dos Santos serviu ainda de guardião do Convento de São Francisco, da Bahia, e de Definidor. Faleceu depois de 1670.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 093.
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Na referência bibliográfica Livro de Óbitos da Província de Sto. Antônio - 1584-1957, de Fr. Menandro Rutten, tem a seguinte descrição:
Frade sacerdote, natural de Portugal. Foi um dos 8 fundadores desta Província, religioso muito exemplar. Delineou a planta dos conventos da Paraíba e Bahia. Escultor, guardião nos conventos de Olinda e da Bahia. Faleceu em Portugal, dia 14 de maio, depois do ano de 1612.