Pregador, ex-definidor, europeu. No século se chamava Fernando Nobre Barreto, nasceu no mar, vindo o seus pais de Lisboa para o Rio de Janeiro, foi batizado na freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Paraíba, bipado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Antônio Barreto Botelho, natural da freguesia de Nossa Senhora da Purificação de Alcoentre, termo de Santarém, patriarcado de Lisboa, e de sua mulher Maria da Encarnação de Souza, natural da freguesia de Nossa Senhora da Assunção da vila de Povos, do mesmo patriarcado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764). Tomou o hábito no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, a 5 de junho de 1762, sendo guardião Fr. Tomás de Santa Catarina. Foi continuar o noviciado no Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio e neste mesmo convento professou, sendo guardião o sobredito Fr. Tomás de Santa Catarina, aos 6 de junho de 1763. Foi ordenado em 1766 no Rio de Janeiro, com patente do Ministro Provincial Fr. Inácio da Graça (1764-1767), e lhe conferiu as ordens o Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB (1745-1773), 6º bispo da dita cidade. Entrou no estudo de filosofia Convento de São Francisco de São Paulo, por mandato do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770), sendo mestre o Ex-Leitor de teologia Fr. Bernardino de Sena. Saiu eleito confessor de seculares na congregação intermédia de 27 de julho de 1771. Foi nomeado pregador na congregação intermédia de 30 de julho de 1774. Na congregação intermédia de 8 de maio de 1779 saiu eleito presidente do Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião, servindo de presidente in capite desta mesma casa em 1780. No capítulo celebrado a 6 de outubro de 1781 o nomearam porteiro do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), porém, não teve exercício, porque ficou continuando a presidência do Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião, por falta do lr. Pregador Fr. Manuel da Piedade que tinha sido eleito e faleceu. Foi eleito presidente do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro na congregação intermédia de 22 de fevereiro de 1783. No capítulo celebrado aos 21 de agosto de 1784 saiu eleito guardião de Santa Clara de Taubaté. Foi nomeado vice-Comissário de Terceiros do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786. No capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787 foi nomeado companheiro do porteiro do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1789 tornou a ser eleito presidente deste mesmo convento. No capítulo celebrado aos 28 de agosto de 1790 foi eleito guardião do Convento de Santo Antônio de Santos. Antes de completar esta guardiania apresentou um breve de secularização, mas depois de ter feito patrimônio e as mais disposições para o trânsito, renunciou o Breve, e continuou a vida religiosa. Na congregação intermédia de 3 de março de 1792 foi nomeado companheiro do Comissário de Terceiros do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Em 1793 foi eleito Secretário da Visita Geral pelo Visitador Fr. Manuel da Natividade Teixeira. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 elegeram-no guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). R confirmado no mesmo emprego e convento na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795. Foi superior da aldeia de São Miguel no capítulo celebrado aos 24 de setembro de 1796, mas sem voto em capítulo, porque este passou-se para o Secretário da Província. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 foi eleito guardião do convento de São Luís de Itu. No capítulo celebrado aos 27 de setembro de 1799 saiu eleito em Definidor da Mesa. No capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802 foi eleito guardião do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo confirmado nesta mesma guardiania na congregação intermédia de 7 de abril de 1804. Munido de todos os sacramentos faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, a 7 de novembro de 1811. Jaz na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1057.
