Ex-Leitor, ex-definidor, europeu. No século se chamava Domingos Jorge, nascido a 2 de outubro de 1763, natural e batizado na freguesia de São Nicolau da cidade do Porto. Filho legítimo de Domingos Jorge, natural da freguesia de Santa Eulália de Batalhães, Reino de Galiza (Espanha), e de sua mulher Rosa Jorge, natural do condado de Bencher, Reino da Inglaterra. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José dos Anjos Passos (1781-1784). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 9 de agosto de 1782, sendo guardião o lr. Pregador Fr. Inácio da Anunciação. Fez profissão no mesmo convento nas mãos do sobredito Ministro Provincial, aos 21 de setembro de 1783, sendo guardião também o mesmo. Com patente do Ministro Provincial Fr. Fernando de São José Menezes (1784-1787), foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, em 23 de dezembro de 1786. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7º bispo da dita cidade. Foi mandado para o Convento de Santa Clara da vila de Taubaté no capítulo celebrado a 28 de agosto de 1790 e foi nomeado porteiro e juntamente confessor de seculares. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 foi admitido ao estudo que o mesmo capítulo determinou abrir. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 foi eleito pregador e designado para explicar moral na varanda do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Por renúncia que da guardiania do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém fez o Pregador Fr. Manuel de Santa Rosa Mourão, foi eleito em guardião do dito convento, a 26 de maio de 1804. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 saiu eleito guardião do Convento de N. P. São Francisco da vila da Vitória. Por Breve do Exmo. Sr. Núncio Apostólico foi declarado Definidor, aos 19 de fevereiro de 1811. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 elegeram-no guardião do com vento de São Francisco da cidade de São Paulo. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813, com patente do Ministro Provincial Fr. Alexandre de São José Justiniano (1811-1814), foi ler filosofia e no Convento de São Luís de Itu, a estudar no Convento de São Luís de Hu, renunciou este emprego, e foi-lhe aceita a renúncia. Na congregação intermédia de 20 de abril de 1816 saiu eleito guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté, e aceitou. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi nomeado lente de filosofia para os estudantes seculares no mesmo Convento de Taubaté. Renunciou, e foi aceita a renúncia. Faleceu no Convento de Santa Clara de Taubaté, onde era morador. A notícia oficial de sua morte chegou ao Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 11 de outubro de 1821.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1132.