Pregador, europeu. No século se chamava Antônio da Rocha de Almeida, natural do Porto e batizado na freguesia de Santo Ildefonso da mesma cidade. Filho legítimo de Joaquim de Almeida, natural e batizado na freguesia de Ameias, bispado do Porto, e de sua mulher Clara Maria, natural do Porto, e batizada na sé da mesma cidade. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Agostinho de São José. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá, aos 7 de setembro de 1751. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. José dos Serafins Amorim, aos 8 de setembro de 1752. Com patente do Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro, em 15 de novembro de 1758. Conferiu-lhe as Ordens Dom Fr. Antônio do Desterro, O. S. B, bispo da dita cidade. Por ordem do referido Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação entrou no estudo de filosofia no Convento de São Francisco de São Paulo, sendo mestre Fr. Manuel de São Boaventura. Na Congregação intermédia de 24 de julho de 1762 foi nomeado presidente deste mesmo Convento de São Paulo. No Capítulo de 28 de janeiro de 1764 saiu eleito confessor de seculares e juntamente presidente para o Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). Houve, porém, troca e ele veio servir de presidente no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Foi nomeado pregador na congregação intermédia de 23 de julho de 1768. Nas eleições capitulares de 13 de setembro de 1777 saiu nomeado Comissário de Terceiros do Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião. Nos anos de 1787 e 1788 era morador do Convento de Nossa Senhora dos Anjos Cabo Frio: assinou como pró-discreto. Na congregação intermédia de 3 de março de 1792 foi eleito porteiro do Convento de Nossa Senhora da Penha. No Capítulo de 31 de agosto de 1793 saiu guardião de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, exercendo juntamente o emprego de Comissário de Terceiros pela grande penúria de religiosos. A 11 de julho de 1796 foi eleito guardião do Convento de São Boaventura de Macacu, pela renúncia que fez deste emprego Fr. Antônio da Natividade Martins. Largou pouco depois esta guardiania, por provimento que para ela alcançou o antigo guardião alegando que foi coacta a sua renúncia. Elegeram-no guardião do Convento de São Luís de Itu no Capítulo de 24 de setembro de 1796. Depois de receber os últimos sacramentos faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, e, 4 de julho de 1799. Jaz sepultado na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 937.