Pregador, Ministro Provincial, brasiliense. No século se chamava Ângelo Rodrigues, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Candelária da cidade do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Agostinho Rodrigues de Almeida, natural e batizado na freguesia de São Pedro de Valongo, bispado de Coimbra, e de sua mulher Jerônima de Jesus, natural e batizada na sobredita freguesia da Candelária. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião o Pregador Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, aos 18 de fevereiro de 1762. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 24 de fevereiro de 1763. Foi admitido ao estudo, sendo Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770), e lente patente do sobredito Ministro Provincial Fr. José dos Anjos, foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, aos 8 de janeiro de 1769, pelo Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB (1745-1773), 6º bispo da dita cidade. Foi eleito pregador na congregação intermédia de 30 de julho de 1774. Foi presidente do Convento de Nossa Senhora dos Anjos da cidade de Cabo Frio, por renúncia de Fr. João de Deus, eleito na congregação intermédia de 8 de maio de 1779. Foi designado para Vigário do Coro e para ensinar Cantochão aos noviços do Convento de São Boaventura de Macacu, na eleição capitular de 6 de outubro de 1781. Na congregação intermedia. 22 de fevereiro de 1783 foi instituído confessor de seculares e juntamente nomeado presidente do Convento de São Luís de Itu. No ano de 1784 serviu de presidente in capite deste mesmo convento, Foi Comissário de Terceiros do Convento de São Francisco da cidade de São Paulo em 1785. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 foi eleito. Mestre de Noviços. Saiu eleito guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), na congregação intermédia de 24 de março de 1798. Tornou a ser eleito Mestre de Noviços no capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799. Aos 4 de dezembro de 1799 foi nomeado Missionário dos índios; emprego que anda anexo ao Religiosos desta Província por ordem de S. Alteza Real. No capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802 saiu eleito guardião do Convento de São Luís da vila de Itu, sendo reeleito para o mesmo emprego no dito convento na congregação intermédia de 7 de abril de 1804. Foi eleito Definidor da Mesa no capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 tornou a ser eleito Mestre de Noviços. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811, pela renúncia que fez o Ex-definidor Fr. Joaquim de Santa Rosa Congonhas, foi eleito guardião do Convento de São Francisco da vila da Vitória. Na congregação intermédia de 20 de abril de 1816 saiu eleito guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), em lugar do Ex-definidor Fr. Joaquim de Santa Maria Madalena, que havia sido eleito, e renunciou. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi eleito Custódio da Mesa. Por Breve que a Província impetrou do Exmo. Sr. Núncio Marefoschi, se lhe concederam os privilégios de Ex-Provincial de jure em 1819. No capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821 foi eleito Ministro Provincial. Ocupando ainda este emprego e tendo já vencido 2 anos e 2 meses, faleceu aos 19 de dezembro de 1823 na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, onde apressadamente recebeu o Sacramento da Unção. No mesmo dia se lhe fizeram os sufrágios. Jaz na quadra em que se enterram os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1139.