Pregador, Padre da Província, brasiliense. No século se chamava Agostinho de Araújo Moreira, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Candelária da cidade do Rio de Janeiro. Filho 31 legítimo de Filipe de Araújo Moreira, natural e batizado na dita freguesia, e de sua mulher Rita Maria de Jesus, natural e batizado na freguesia de São Nicolau de Suruí, todos do bispado do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José de Jesus Maria Reis (1777-1780). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião o Pregador Fr. José de Santa Ursula Pacheco, aos 21 de novembro de 1778. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião aos 30 de novembro de 1779. Foi admitido ao estudo no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, na eleição capitular de 6 de outubro de 1781, sendo Lente o Ex-Leitor de Teologia Fr. Antônio de Santa Úrsula Rodovalho. Com patente do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos Passos (1781-1784) foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro em 5 de junho de 1784. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), T bispo da dita cidade. Em 25 de novembro de 1787 foi instituído pregador. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1789 foi nomeado confessor de seculares e juntamente eleito presidente do Convento de São Luís da vila de Itu, servindo de presidente in capite em 1790. Elegeram-no presidente do Convento de São Boaventura de Macacu no capítulo celebrado a 28 de agosto de 1790. Foi eleito presidente do Convento de Santa Clara da vila de Taubaté na congregação intermédia de 3 de março de 1792, sendo reeleito para o mesmo ofício e convento sucessivamente no capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793, na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795, no capítulo celebrado a 24 de setembro de 1896, na congregação intermédia de 24 de março de 1798 e no capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799. Na congregação intermédia de 28 de março de 1801 elegeram-no superior da Aldeia de São Miguel. Em 1803, sendo morador no Convento de São Francisco da cidade de São Paulo, declarou ter 50 anos, por mais ou menos. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi eleito Comissário de Terceiros do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). Saiu eleito guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté na congregação intermédia de 11 de abril de 1807. No capítulo celebrado a 8 de outubro de 1808 foi nomeado porteiro do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo confirmado neste mesmo ofício e convento na congregação intermédia de 14 de abril de 1810. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1812 foi eleito guardião do Convento de São Luís da vila de Itu. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 elegeram-no guardião do Convento de São Francisco da vila da Vitória; porém renunciou por moléstia. Por um Breve do Exmo. Sr. Núncio Apostólico Marefoschi foi condecorado com os privilégios de Padre da Província, em agosto de 1818. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 elegeram-no guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté. Munido com todos os sacramentos faleceu a 12 de outubro de 1828 na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, por efeitos de uma deficiência da natureza. Jaz sepultado no claustro do convento do Rio de Janeiro.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1184.