Pregador, brasiliense. No século se chamava Vicente Ferreira da Silva, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Candelária da cidade do Rio de Janeiro. Filho legitimo de Manoel Henrique da Silva, natural da freguesia de Nossa Senhora do Enxertado da Vila de Mondim (Mondim da Beira), bispado de Lamego, e de sua mulher Teresa de Jesus, natural e batizada na sobredita freguesia de Nossa Senhora da Candelária, bispado do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro aos 11 de junho de 1798, sendo guardião o Ir. Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro. Professou com o mesmo guardião e no mesmo convento aos 12 de junho de 1799, sendo de idade de 17 anos completos e tomando por nome Fr. Vicente Ferrer. Entrou no estudo de filosofia que no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro se abriu no capítulo celebrado aos 28 de setembro de 1799, tendo por lente o lr. Ex-Leitor de Prima Fr. Joaquim de Santa Leocádia. Foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro pelo Exmo. Sr. Bispo de Angola Dom Joaquim Maria Catelbranco, com patente do Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805), em dezembro de 1804. No capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805 foi eleito pregador e confessor de seculares. Saiu eleito Comissário de Terceiros do Convento de São Boaventura de Macacu, na congregação intermédia de 11 de abril de 1807. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808, elegeram-no presidente do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi nomeado presidente do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 saiu eleito presidente e juntamente Comissário de Terceiros para o Convento de São Boaventura de Macacu e renunciou. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém e renunciou. Saiu eleito Comissário de Terceiros para o Convento de São Boaventura de Macacu na congregação intermédia de 20 de abril de 1816. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi eleito guardião do Convento de São Boaventura de Macacu, tendo antes servido de presidente in capite do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. Sendo guardião atual deste convento, São Boaventura, faleceu munido com todos os Sacramentos na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, em 21 de março de 1819. Jaz na quadra onde se costumam sepultar os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1125.
