Confessor, europeu. No século se chamava Tomás Franco, natural e batizado na freguesia São Miguel de Alfama da cidade de Lisboa. Filho legítimo de Manuel Franco, batizado na freguesia de São Tomé da dita cidade, e de sua mulher Catarina dos Santos, batizada na referida freguesia de São Miguel de Alfama. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Fernando de Santo Antônio. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, sengo guardião Fr. Francisco da Assunção, aos 13 de agosto de 1727. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. Inácio de Santa Rosa, aos 22 de agosto de 1728. Por ordem do sobredito Ministro Provincial, Fr. Fernando de Santo Antônio, entrou no estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo mestre Fr. Antônio de Nazareth. Porém, arribou logo ao estudo. Com patente do Ministro Provincial Fr. José do Nascimento (1735-1738), foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro. Conferiu-lhe as Ordens Dom Fr. Antônio de Guadalupe, OFM, bispo da dita cidade. Em dezembro de 1739 foi porteiro do Convento de São Francisco de São Paulo. Saiu instituído confessor de seculares na congregação intermédia de 27 de julho de 1743. Nesta mesma congregação foi nomeado presidente do Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião. Tornou a servir de presidente neste dito convento por falta de Fr. Manuel da Encarnação Coimbra eleito no capítulo de 7 de agosto de 1745. Foi outra vez presidente do refendo convento no capítulo de 17 de agosto de 1748. Neste mesmo convento serviu de porteiro, sendo nomeado na congregação intermédia de 21 de fevereiro de 1750. Fez quarta presidência no Convento de Santa Clara de Taubaté, tendo sido eleito na congregação intermédia de 24 de março de 1753. No capítulo de 24 de janeiro de 1761 saiu eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Penha. Entretanto, houve troca: foi governar o Convento do Senhor Boni Jesus da Ilha. Na congregação intermédia de 24 de julho de 1762 elegeram-no guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. No capítulo de 27 de janeiro de 1770 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Penha. Na congregação intermédia de 27 de julho de 1771 saiu eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Houve, porém, troca: tornou a governar o dito convento da Penha. Na sua guardiania se fez a reconstrução parcial do convento. Serviu algum tempo de superior da aldeia de São Miguel. Por várias vezes foi companheiro do porteiro do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Tendo recebido todos os sacramentos, faleceu no sobredito convento do Rio de Janeiro, onde lhe fizeram os sufrágios, aos 27 de dezembro de 1790. Jaz sepultado na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 862.
