Pregador, brasiliense. No século se chamava Manuel Marcondes do Amaral, natural e batizado na Vila Real de Nossa Senhora do Bonsucesso de Pindamonhangaba, bispado de São Paulo, filho legítimo de Domingos Marcondes do Amaral e de sua mulher Ana Isabel de Andrade, ambos naturais e batizados na sobredita vila e bispado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1799-1802). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, no dia 1º de fevereiro de 1800, sendo guardião o Ex-definidor Fr. Inácio da Anunciação. Professou no mesmo convento nas mãos do Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção, sendo guardião o sobredito Fr. Inácio de Anunciação, aos 2 de fevereiro de 1801, sendo de idade de 21 anos incompletos e tomando por nome Fr. Manuel do Amor Seráfico. Com patente do Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805) foi ordenado Sacerdote em São Paulo a 18 de janeiro de 1804. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi instituído confessor de seculares e admitido ao estudo no Convento de São Francisco de São Paulo, sendo Lente de Filosofia o Ex-Leitor Fr. Inácio de Santa Justina. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 foi eleito presidente do Convento de São Francisco de São Paulo. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi instituído pregador e passante para o estudo do Convento de São Paulo. Foi nomeado substituto da cadeira de filosofia estabelecida em Taubaté, fazendo sempre o seu lugar de passante. Renunciou deste emprego, mas foi segunda vez eleito para o novo estudo que se abriu no Convento de São Francisco de São Paulo, na congregação intermédia de 24 de abril de 1813, que outra vez renunciou. Em 1818 foi Visitador Delegado na Visita Geral do lr. Fr. José de Santa Miquelina, cujo emprego desempenhou com toda a fidelidade e se fez digno do maior louvor. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi eleito guardião do Convento de Santo Antônio da vila de Santos. Saiu eleito guardião do Convento de São Luís da vila de Itu no capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821. Depois desta eleição, sendo pedido pela Câmara da mesma vila para o serviço do seminário que nela fundou o lr. Joaquim do Livramento, foi mandado por um Aviso de S. Alteza Real o Senhor D. Pedro de Alcântara, a empregar-se no dito seminário. Tendo o lr. Joaquim declarado que, em razão de suas moléstias, não ocupava mais este Religioso, foi este nomeado Porteiro para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826. Em lugar de exercer este emprego, apresentou um Breve de perpétua secularização, em virtude do qual passou para o clero secular.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1174.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1826.
