Confessor. Chamava-se no século Manuel Ribeiro de Miranda, natural e batizado na freguesia de São Bartolomeu de Campelo, concelho de Baião, Bispado do Porto. Filho legítimo de Manuel Ribeiro de Miranda e de sua mulher Arcângela Mana, ambos naturais da sobredita freguesia. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Agostinho de São José. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. Arcângelo de Santo Antônio de Sá, aos 15 de abril de 1751. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. José dos Serafins Amorim, aos 16 de abril de 1752. Com patente do Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação, foi ordenado sacerdote em São Paulo, a 20 de março de 1759. Conferiu-lhe as Ordens Dom Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, OFM, bispo da dita cidade. Como esmoler do Convento de São Luís de Itu, andou em 1760 no continente de Curitiba, PR, e nas Minas Gerais. No capítulo de 24 de janeiro de 1761 foi eleito confessor de seculares; e juntamente nomeado presidente do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Não teve exercício neste lugar, porque foi por esmoler a Minas Gerais. Na congregação intermédia de 27 de julho de 1765 saiu nomeado presidente do Convento de Santo Antônio de Santos; também pouco exercício teve por andar por Minas. No capítulo de 27 de janeiro de 1770 tornou a ser presidente do Convento de Santo Antônio de Santos. Ficou confirmado no mesmo lugar e convento na congregação intermédia de 27 de julho de 1771. Foi presidente in capite do mesmo convento, em 1773, com patente do visitador geral Fr. Manuel de Santa Maria Aguiar. Por renúncia que da guardiania do Convento de Santos fez Fr. Antônio de Nazareth Madeira, eleito no capítulo de 30 de janeiro de 1773, o elegeram guardião do dito convento. Por impedimento que pôs o Marquês do Lavradio, vice-rei do Estado, aos guardiães que saíram eleitos na congregação intermédia de 30 de julho de 1774, não querendo dar-lhes despacho, foi governar o Convento de São Francisco de São Paulo, com patente do Ministro Provincial Fr. Cosme de Santo Antônio, e lhe durou o governo perto de oito meses. Nas eleições capitulares de 13 de dezembro 1777 tornou a ser eleito guardião do Convento de Santo Antônio de Santos. Ficou confirmado no mesmo lugar o convento na congregação intermédia de 8 de maio de 1779. Na congregação intermédia de 22 de fevereiro de 1783 foi nomeado porteiro do Convento de São Francisco de São Paulo. Foi eleito porteiro do Convento de São Luís de Itu, no capítulo de 21 de agosto de 1784. Tornou a ser morador do Convento de São Francisco de São Paulo, e dele foi mandado ao continente do Rio Grande de São Pedro (Rio Grande do Sul) a pedir esmolas para as obras do dito convento (que estava em reconstrução). Recolhendo-se com elas, enfermou e faleceu, depois de recebidos todos os sacramentos, aos 3 de maio de 1790. Está sepultado no jazigo em que se enterram os religiosos que morrem no Convento de São Paulo.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 858.
