Pregador, Padre da Província, Europeu. No século se chamava Manuel José Moreira de Vasconcelos. Filho legitimo de José Antônio Moreira de Vasconcelos, e de sua mulher Vitória Maria; todos naturais e batizados na freguesia de Santo Ildefonso da cidade e bispado do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 7 de dezembro de 1804, sendo guardião o Ex-Definidor Fr. Fernando Antônio de Santa Rita. No mesmo convento fez profissão para frade do coro nas mãos do Ex-Custódio Fr. Antônio Agostinho de Sant’Ana, aos 8 de dezembro de 1805, sendo de idade de 20 anos, pouco mais ou menos, e tomando por nome Fr. Manuel da Conceição. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 foi admitido ao estudo de filosofia. Tendo frequentado o ano de lógica, foi removido para o estudo de gramática. Com patente do. Ministro Provincial Fr. Alexandre de São José Justiniano (1811-1814) foi ordenado sacerdote, aos 21 de dezembro de 1811 pelo Exmo. Sr. Dom José Caetano da Silva Coutinho (1835-1833), 8° bispo do Rio de Janeiro. Por despacho da Mesa Definitorial de 22 de dezembro de 1811, tornou a ser admitido ao estudo de filosofia, sendo Lente Fr. João do Espírito Santo. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi eleito confessor de seculares e pregador. Em data não declarada foi feito sacristão-mor da Real Capela (da Fazenda) da Santa Cruz, por Sua. Majestade Fidelíssima. A seu pedido a imagem de Santo Antônio no convento do Rio de Janeiro foi condecorada pelo Príncipe Regente Dom João VI, com a Grã-cruz da Ordem de Cristo a 13 de agosto de 1814. Estando ainda no exercício do emprego de sacristão-mor obteve os privilégios de Ex-Provincial por Breve do Exmo. Sr. Núncio Apostólico Marefoschi, sendo Ministro Provincial Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro (1818-1823). Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 foi eleito guardião do convento de São Luís da vila de ltu e juntamente comissário de Terceiros. No capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825 se lhe concederam os privilégios de uma guardiania, por serviços que alegou. No capítulo celebrado a 9 de agosto de 1828 saiu eleito guardião do convento de São Boaventura da vila de Macacu, cujo emprego renunciou. No quinto dia de sua moléstia faleceu aos 4 de março de 1835 na enfermaria do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Jaz em uma das sepulturas dos Religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1225.
