Ex-Leitor, brasiliense. No século se chamava José Luís da Silva, natural e batizado na freguesia de São João de Itaboraí, bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de José Luís da Silva, natural e batizado na freguesia de Santa Cruz da vila de Barreiro, patriarcado de Lisboa, e de sua mulher Joana Gomes Antunes, natural e batizada na dita freguesia de São João de Itaboraí. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 10 de outubro de 1761, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, e professou no mesmo convento com o mesmo guardião, aos 12 de outubro de 1762. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro pelo Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770). Foi ordenado Sacerdote em 8 de janeiro de 1769 no Rio de Janeiro, com patente do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos, e lhe conferiu Ordens, o Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio do Desterro, bispo da dita cidade. Foi eleito pregador e confessor de seculares na congregação intermédia de 30 de julho de 1774 e passante para o estudo no Convento de São Francisco de São Paulo. Na congregação intermédia de 8 de maio de 1779 saiu eleito lente de teologia para o estudo do Convento de Senhor Bom Jesus da Ilha. Foi eleito lente de teologia moral no capítulo celebrado a 6 de outubro de 1781 e reeleito para o mesmo emprego na congregação intermédia de 22 de fevereiro de 1783. No capítulo celebrado aos 21 de agosto de 1784 elegeram-no guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. Foi Visitador Delegado do Ministro Provincial Fr. Fernando de São José Menezes (1784), na segunda visita do Convento de São Francisco de Vitória e do Convento de Nossa Senhora da Penha. Saiu eleito terceira vez lente de teologia moral para o estudo do Convento de São Francisco de São Paulo no capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787. Em 1789 era morador do Convento de Santo Antônio de Santos, onde assinou como discreto. A 30 de novembro de 1789 deixou a Província e foi a Lisboa procurar a sua secularização, que lhe foi concedida por breve do Papa Pio VI. A 7 de outubro de 1801, recolheu-se ao claustro, renunciando solenemente o seu breve, nas mãos do Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça, em plena comunidade. Por breve passado a 30 de abril de 1805 do Exmo. Sr. Núncio Apostólico, munido de Beneplácito Régio, passou a gozar da precedência, antiguidade, habilitação e das demais graças e privilégios de que gozava no tempo de sua saída para o século, podendo assim ser promovido a todas as prelazias da Ordem, exceto as de provincialado. Aos 13 de setembro de 1806 foi eleito guardião do Convento de São Francisco de Vitória pelo Revdo. Definitório em lugar do falecido guardião Fr. Miguel de Jesus Maria Carneiro. Mas antes que tomasse posse desta guardiania, morreu no mesmo Convento de São Francisco de Vitória, munido com todos os sacramentos, a 21 de fevereiro de 1807. Jaz no claustro do dito convento.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1024.
