Ex-Leitor, Padre da Província, brasiliense. No século se chamava José Isidoro de Menezes Mascarenhas, natural e batizado na freguesia de São João del-Rei, vila do Rio das Mortes, bispado de Mariana: filho legítimo do coronel Manuel Dias Menezes, natural da cidade e arcebispado de Goa (Índia), e de sua mulher D. Maria Cordovil de Sequeira, natural da vila de Santos, bispado de São Paulo. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá (1754-1757). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. Manuel de Santa Clara, aos 7 de setembro de 1756. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 8 de setembro de 1757. Entrou no estudo de filosofia aberto no Convento de N. P. São Francisco da cidade de São Paulo, pelo Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação (1757-1761), tendo por mestre o Ex-Leitor de teologia Fr. Manuel de São Boaventura. Com patente do Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764), foi ordenado Sacerdote, no Rio de Janeiro em 25 de março de 1762. Conferiu as Ordens o Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB (1745-1773), 6º bispo da dita cidade. Foi nomeado passante para o estudo no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, no ano de 1764. Neste mesmo ano saiu eleito pregador. Elegeram-no lente de teologia para a cadeira do convento do Rio de Janeiro a 27 de julho de 1765. Foi instituído confessor de seculares e juntamente lente de filosofia para o mesmo Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, no capítulo celebrado a 24 de janeiro de 1767. Na congregação intermédia de 27 de julho de 1711 elegeram-no leitor de prima para o estudo do sobredito convento. A 6 de outubro de 1781 foi eleito guardião do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. No capítulo celebrado a 21 de agosto de 1784 saiu eleito guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), sendo confirmado na mesma guardiania na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786. Foi eleito Definidor da Mesa no capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787. Foi Visitador Geral da Província em 1796, presidindo o capítulo celebrado a 24 de setembro do mesmo ano. No dia 4 de dezembro de 1796 partiu para Lisboa com licença in scriptis do Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799), voltou à Província em 1803 e veio feito padre da Província pelo Exmo. Sr. Pacca, Núncio Apostólico de Portugal. No ano de 1808 foi sua Alteza Real o Príncipe Regente (D. João VI) servido nomeá-lo Examinador da Mesa da Consciência e Ordens. Munido com todos os Sacramentos faleceu de um abandono da natureza na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos de dezembro de 1818. No dia seguinte, 3 de dezembro de 1818, foi sepultado e jaz na quadra em que se enterram os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1116.
