Confessor, ex-definidor, brasiliense. No século se chamava João Monteiro da Rocha, natural e batizado na freguesia da vila de Santos, bispado de São Paulo. Filho legítimo de Jerônimo Rocha, natural da vila de Guimarães e batizado na freguesia de São Geus, arcebispado de Braga, e de sua mulher Maria da Conceição, natural e batizada na sobredita freguesia de Santos. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio da vila de Santos, aos 7 de setembro de 1761, sendo guardião o Pregador Fr. Caetano de Jesus Oliveira. Foi principiar o noviciado no Convento de São Francisco da cidade de São Paulo, aos 12 de dezembro de 1761, sendo guardião o Ex-Leitor de Prima Fr. Inácio de Santa Teresa Mariano. Com este prelado e no mesmo convento professou aos 13 de dezembro de 1762. Com patente do Ministro Provincial Fr. Inácio da Graça (1764-1767) foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, a 13 de junho de 1766 pelo Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB (1745-1773), 6º bispo da dita cidade. A 13 de dezembro de 1777 foi instituído confessor de seculares e juntamente nomeado presidente do Convento de Santo Antônio da vila de Santos, emprego que exerceu por 6 anos, com uma presidência in capite. Tornou a ser presidente in capite do Convento de Santos em 1787 e 1700. Saiu eleito guardião deste mesmo convento no capítulo celebrado a 28 de março de 1799. Foi eleito Superior da Aldeia de São João de Peruíbe na congregação intermédia de 28 de março de 1801. Continuou Superior desta mesma Aldeia pela renúncia do Confessor Fr. João da Conceição Fragoso eleito para este emprego no capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802. Coube-lhe encerrar a atividade dos franciscanos na dita Aldeia de São João da Praia de Peruíbe, que em 1802 contava 51 fogos com 202 índios. A 1º de julho de 1803, Antônio José da Franca e Horta. Governador da capitania de São Paulo, aboliu o Regime particular dos índios aldeados. Pretendia conservar interinamente na Aldeia de São João a Fr. João de Santa Genoveva Rocha como vigário encomendado para administrar o pasto espiritual aos índios, agregados e mais moradores que viviam nas terras dos índios, contanto que estes se responsabilizassem pelo decente sustento do vigário. Como não houve um ajuste sólido e permanente a este respeito, em 24 de agosto de 1803, o Governador declarou que os moradores seriam de lá em diante fregueses de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, podendo Fr. João recolher-se ao seu convento. Este foi eleito guardião do convento da Senhora da Conceição de Itanhaém no capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805. Serviu de presidente in capite deste mesmo convento em 1808. Elegeram-no guardião do Convento de Santo Antônio de Santos no capítulo celebrado em 8 de outubro de 1808. Em 10 de julho de 1811 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, por morte de seu guardião Fr. José de Santa Pudenciana Barradas. Mas, alegando suas moléstias renunciou à guardiania, e sua renúncia foi aceita pelo Reverendo Definitório, elegendo-se outro. A 24 de setembro de 1811 foi declarado Definidor por um Breve do Senhor Núncio Apostólico, obtido a instâncias do Vigário Provincial Fr. Antônio Agostinho de Sant’Ana. Foi morador no Convento de Santo Antônio de Santos, onde assinou como discreto da casa desde 1817 até 1827. Munido de todos os sacramentos faleceu neste mesmo Convento de Santos a 4 de abril de 1827. Jaz sepultado no jazigo daquele convento.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1181.
