Pregador, europeu. No século se chamava Antônio da Ascensão, natural e batizado na freguesia de São Miguel de Arcozelo, bispado do Porto. Filho legítimo de Manuel Ferreira dos Santos e de sua mulher Ana Maria de Jesus, ambos naturais da mesma freguesia de São Miguel de Arcozelo. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. José das Neves, aos 19 de janeiro de 1761, e professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, aos 20 de janeiro de 1762. O Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação o admitiu ao estudo no Convento de São Francisco de São Paulo, onde ensinava o lr. Lente Fr. João Capistrano de São Bento. Com patente do Ministro Provincial Fr. Inácio da Graça foi ordenado na cidade do Rio de Janeiro presbiterato aos 13 de junho de 1766 e lhe conferiu as Ordens Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB, bispo da dita cidade. Saiu eleito Pregador na congregação intermédia de 23 de julho de 1768. Serviu de presidente no Convento de Nossa Senhora da Conceição desde o Capítulo celebrado a 27 de janeiro de 1770 até a congregação intermédia de 27 de julho de 1771, sendo nesta congregação confirmado no mesmo lugar e convento, e ainda nomeado Confessor de seculares. No Capítulo celebrado a 30 de janeiro de 1773 o fizeram Comissário de Terceiros do Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião. Deste mesmo convento o mandaram no ano de 1774, por esmola, à vila de Iguape e mais partes daquela costa, e lá se deixou ficar contra a vontade dos Prelados. Primeiramente feito coadjutor do vigário de Iporanga, SP, depois alcançou do Sr. Bispo de São Paulo Dom Fr. Manuel da Ressurreição, provisão para administrar a capela de Xiririca (Eldorado, SP), junto à mesma Iporanga. Em setembro de 1790 ainda se encontrava em Xiririca. Depois de se ter recolhido ao Convento de São Francisco de São Paulo, em 1793 e executado prontamente o que os prelados julgaram necessário para o bem de sua consciência, foi eleito presidente do Convento de Santo Antônio de Santos, no Capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793. No Capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 foi eleito Comissário de Terceiros do Convento de São Luís de Itu. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 saiu eleito companheiro do porteiro do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. No Capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 foi eleito guardião do Convento de São Francisco de Vitória. Tendo recebido todos os sacramentos, faleceu neste mesmo convento, a 10 de agosto de 1801. Jaz sepultado na quadra dos religiosos que ali se enterram. Fizeram-lhe os sufrágios no convento do Rio de Janeiro, em 9 de outubro de 1801.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 954.
