Pregador, europeu. No século se chamava Agostinho José Falcão, natural da cidade do Porto e batizado na Sé da mesma cidade. Filho legítimo de João Marinho Falcão, natural da vila de Ponte de Lima, e de sua mulher Ana Maria Pereira, natural da Vila de Guimarães. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial, Fr. Manuel de São Roque. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 23 de junho de 1753, sendo guardião Fr. Tomás dos Serafins. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 24 de junho de 1754. Foi ordenado sacerdote em São Paulo, aos 3 de janeiro de 1760, com patente do Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação. Conferiu-lhe ordens Dom Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, OFM, Bispo daquela cidade. Foi admitido ao estudo de filosofia do Convento de São Francisco, de São Paulo, pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação, sendo mestre o Lente Fr. João Capistrano de São Bento, o qual saiu eleito na congregação intermédia de 24 de julho de 1762. No capítulo de 28 de janeiro de 1764 foi eleito confessor de seculares. Na congregação intermédia de 23 de julho de 1768 saiu nomeado pregador e passante para o estudo de filosofia do Convento de São Francisco, de São Paulo, porém arribou da passantaria. No mesmo ano de 1768 foi provisionado capelão da Real Fazenda de Araçariguama, SP. Foi eleito Comissário de Terceiros de Viamão, RS, no capítulo de 25 de janeiro de 1770. Porém dentro em pouco se recolheu por causa das revoluções dos mesmos terceiros em quererem que ficasse o antecessor. No capítulo de 30 de janeiro de 1773 foi nomeado superior da Aldeia de Nossa Senhora da Escada (assentos no livro de batizados em 1773 e 1774). Na congregação intermédia de 30 de julho de 1774 saiu eleito presidente do Convento de São Luís de Itu (onde em 1775 e 1776 assinou também como pró-Comissário de Terceiros). Elegeram-no Comissário de Terceiros do Convento de Santo Antônio de Santos, na congregação intermédia de 8 de maio de 1779. No capítulo de 6 de outubro de 1781 foi eleito Comissário de Terceiros do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). Neste Convento o foram achar morto na cela depois de vésperas, nos últimos dias do mês de novembro de 1782. Está enterrado nas sepulturas dos religiosos que falecem naquele convento.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 753.
