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Nasceu Bernardo Spohr em Harmonia. RS, município de Montenegro, diocese de Porto Alegre, filho de imigrantes alemães. Estes conjuntamente com italianos, açorianos e europeus de outras nacionalidades, povoaram e desenvolveram o grande estado sulino. Viu Bernardo, a luz do mundo no dia 11 de junho de 1907, e já com 12 anos ingressou no pré-seminário de Não-Me-Toques, RS, dirigido e orientado pelos confrades da Província da Imaculada Conceição (Frei Boaventura, foi o primeiro Reitor desde 15/08/1919). Em 1920 matriculou-se no seminário menor em Blumenau, SC, e em janeiro de 1923, transferiu-se com todo o colégio, para o recém-construído seminário seráfico de Rio Negro, PR, sob o patrocínio do bispo franciscano São Luís de Tolosa. Terminados os estudos ginasiais, passou para o convento do noviciado em Rodeio, SC, recebendo em 10 de janeiro de 1926, c> hábito do Pai São Francisco, e o nome de Frei Flaviano. Concluídos os estudos de filosofia e teologia, foi ordenado presbítero em 19 de dezembro de 1931, em Petrópolis, RJ. Grande alegria teve a adoentada mãe de Frei Flaviano ao poder participar das solenes primícias sacerdotais de seu filho. Pouco mais de um mês depois, o Senhor já a levou para a eternidade. A primeira ocupação de Frei Flaviano, como neo-sacerdote, foi a de cooperador em Blumenau, ajudando depois durante alguns meses na paróquia de Rio Negro. Cativou o povo pelo seu modo afável, singelo, discreto, humilde e tranquilo, no trabalho pastoral". O capítulo provincial de 1934, o transferiu para São José, SC (paróquia e residência entregues, mais tarde, à diocese de Florianópolis, SC). Frei Bernardo Ronchi na época, superior e pároco, percebeu logo que a saúde do confrade não estava boa. Perguntado, Frei Flaviano sempre respondia: "Estou passando muito bem". Instado a consultar o médico, não queria de modo nenhum sujeitar-se a um exame, até que no fim do mês de novembro de 1934, teve que guardar o leito. A febre subiu 40 graus. Ainda assim, pediu insistentemente, para não ser levado ao hospital de Florianópolis, o que foi enfim, inevitável. Só depois de seis dias de internado, é que os médicos diagnosticaram o tifo. O empenho de todos e a aplicação de inúmeras injeções, não conseguiram debelar o mal, e salvar-lhe a vida. No dia 9 de dezembro recebeu os sacramentos dos enfermos. Três dias depois, pelas 3 horas da madrugada, adormeceu tranquilamente para a vida eterna, presentes o capelão do hospital e irmãs religiosas. Às 10 horas foi o corpo removido para residência de Santo Amaro do Cubatão (agora: Santo Amaro da Imperatriz, SC), e às 16 horas do mesmo dia do seu falecimento, 13 de dezembro de 1934, foi levado à sepultura. Com apenas 27 anos de caminhada, soube demonstrar nos 8 anos de vida religiosa, um espírito bem franciscano.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 161.