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Sempre disponível em atender os doentes, o confrade Frei Osmundo Keuffer deles contraiu o tifo que grassava epidêmico em Gaspar, SC, e vizinhanças. Faleceu debilitado pela doença no hospital de Santa Isabel, em Blumenau, SC, no dia 11 de janeiro de 1941, às 10:00 horas. Nasceu Frei Osmundo em 2 de maio de 1875, em Greven, diocese de Münster, Alemanha. Formou-se professor e exerceu a carreira de mestre escola na Alemanha Oriental. Sentindo interiormente o anseio pela vida missionária sacerdotal, começou a preparar-se para ela, por meio de aulas particulares. Veio para o Brasil, ainda estudante, em 13 de junho de 1898, e recebeu o hábito franciscano, um ano depois, em 28 de junho de 1899, em Blumenau. Após o noviciado continuou os estudos, dando simultaneamente aulas no seminário menor de Blumenau. Em 1902 iniciou a filosofia. Concluídos os estudos superiores, foi lá mesmo ordenado presbítero, no dia 31 de janeiro de 1907, pelo bispo diocesano do Paraná e Santa Catarina, Dom Duarte Leopoldo e Silva (1904-1907). Ainda em 1907 recebeu a primeira transferência para Gaspar, SC. Qualquer trabalho pastoral era por ele bem recebido. Em 1914 foi para Palmas, PR. Organizou ali, como antes já o fizera em Gaspar, o registro de todas as famílias da paróquia, só que com muito maiores dificuldades devido à extensão da paróquia e, consequentemente das grandes distancias a serem percorridas. Registramos o tamanho da paróquia: para o norte eram 250 km, para o sul, até as barrancas do rio Uruguai, 166 km, e para oeste até a fronteira da Argentina, mais 300 km. Gostava também de fazer minuciosas estatísticas. Com muita paciência e usando somente a bússola, cartografou um mapa da região tão exato, que foi usado até pelas tropas do Governo, durante a infeliz revolução dos fanáticos (1912/16). Era tão meticuloso em fazer as medidas, que contava até os passos da mula que cavalgava. Dedicou-se muito às capelas. Restaurou antigas e construiu novas, provendo-as sempre de alfaias e demais objetos do culto. Procurava atrair o povo à prática da religião, pela digna e séria celebração dos ofícios divinos. Em 1926 foi transferido para Porto união, SC, onde trabalhou com o mesmo amor, interesse e dedicação, sobretudo nas muitas capelas da também grande paróquia. "Não fosse ele tão austero para consigo e também para os outros, e não tivesse um caráter tão rígido e pouco maleável, certamente, enquanto nossos cálculos humanos podem prever, teria conseguido ainda muito mais"(Vt, F, p. 58). Em 1940 retornou a Gaspar, encarregado de terminar a igreja de Ilhota, SC, e saldar as dívidas ali acumuladas. Foi lá que contraiu o tifo, que lhe tirou a vida, no dia 11 de janeiro de 1941, em Blumenau.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 235.