Corria o ano de 1658 quando Fr. Pantaleão Batista, então Custódio, com alguns religiosos mais, saiu da capitania e vila do Espírito Santo (Vila Velha) numa embarcação pequena para a cidade da Bahia. Logo ao sair foram acometidos por um navio holandês que andava à pilhagem por aquela costa. O Custódio teve modo de escapar num batel. Os demais religiosos com o piloto e alguns portugueses ficaram prisioneiros. A três destes religiosos foram lançar na Bahia da Traição, acima da Paraíba. A outro, chamado Fr. Rafael de São Boaventura, já muito velho e com as pernas podridas de chagas, por lhe tomarem asco e se enfastiarem de sua enfermidade, com uma pedra atada ao pescoço o atiraram de noite ao mar.
Nota: RÖWER, Basílio ― Páginas de história franciscana no Brasil, dá este religioso como irmão leigo, ao passo que RUTTEN, Menandro ― Livro de Óbitos da Província de Sto. Antônio tem: Fr. Rafael de S. Boaventura, natural de Olinda... Já tinha 72 anos de idade e a fama de ser um bom religioso.
Na referência bibliográfica "Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império", de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 052.
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Na referência bibliográfica Livro de Óbitos da Província de Sto. Antônio - 1584-1957, de Fr. Menandro Rutten, tem a seguinte descrição:
Frade sacerdote, natural de Olinda. Foi e primeiro historiador desta Província. Viajando por mar caiu nas mãos dos holandeses, que o lançaram ao mar com uma pedra atada ao pescoço. Já tinha 72 anos de idade e a fama de ser um bom religioso. Faleceu no dia 15 de agosto de 1658.
Segundo Fr. Jaboatão, redigiu o manuscrito Memorial, em que se representão as decentes causas, que tem a Custodia de Santo Antônio do Brasil, para a justa pertençao da sua independência da Provincia de Portugal (Jaboatão, 1761, p. 225-226).