Pregador, europeu. No século se chamava Antônio José Telles de Menezes, natural do Porto e batizado na Sé da mesma cidade. Filho legítimo de Manuel José Telles de Menezes, natural da vila de Arouca e batizado na freguesia de São Pedro, e de sua mulher Sebastiana Antônia, natural do lugar de Perucha e batizada na freguesia de Santa Maria, bispado de Coimbra. Foi aceito pelo Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 13 de janeiro de 1760, sendo guardião Fr. José das Neves. Professou com este prelado e no mesmo convento, aos 14 de janeiro de 1761. Com patente do Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação foi ordenado sacerdote em São Paulo, em 24 de agosto de 1763. Conferiu-lhe todas as Ordens Dom Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, OFM, bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 30 de julho de 1774 foi nomeado porteiro do Convento de São Luís de Itu. Por ordem do Ministro Provincial Fr. Cosme de Santo Antônio entrou no estudo de filosofia no Convento de São Francisco de São Paulo, sendo mestre Frei Brás de São Francisco, o qual foi nomeado lente para o dito estudo, em 14 de agosto de 1775. Teve a teologia no Convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, por vir o estudo de São Paulo para o dito convento. Foi eleito confessor de seculares no Capítulo de 5 de agosto de 1787. Na congregação intermédia de 3 de março de 1792 saiu eleito porteiro do Convento de Santa Clara de Taubaté. Não exercitando este emprego, foi mandado pelo Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa, por capelão curado da Ilha da Trindade, onde residiu dois anos (sic) e, voltando, chegou ao Convento do Rio de Janeiro, no dia 1º de julho de 1893. Exerceu por algum tempo o ministério de enfermeiro-mor do dito convento do Rio. Foi eleito pregador na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795. Sendo mandado em janeiro de 1797 pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria por capelão de navio a Benguela (Angola) a diligenciar alguns escravos para os conventos da Província. Faleceu na costa de Angola a 7 de maio do mesmo ano. Fizeram-lhe os sufrágios no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 28 de julho de 1797.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 919.