Pregador, europeu. No século se chamava Antônio Lourenço Gonçalves. Filho legítimo de José Lourenço Gonçalves e de sua mulher Tomásia Luísa de São José, todos naturais e batizados na freguesia de Nossa Senhora da Vitória da cidade do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José de Jesus Maria Reis (1777-1780). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 2 de maio de 1779, sendo guardião o Pregador Fr. José de Santa Úrsula Pacheco. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 12 de setembro de 1780. Foi admitido ao estudo de filosofia, que se abriu no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro em 4 de julho de 1785, sendo professor o Ex-Leitor de Prima Fr. Bernardino de Sena. Com patente do Ministro Provincial Fr. Fernando de São José Menezes (1784-1787) Foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro, a 24 de setembro de 1785, pelo Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7° bispo da dita cidade. No capítulo celebrado a 28 de agosto de 1799 foi nomeado confessor de seculares e pregador. Pelo Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa (1790-1793) foi mandado por capelão da Ilha da Trindade, onde esteve 2 anos e se recolheu ao Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro a 4 de julho de 1793. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795 saiu eleito porteiro do convento da Senhora da Penha. Elegeram-no presidente do Convento de São Francisco da vila da Vitória no capítulo celebrado em 24 de setembro de 1796. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 foi eleito presidente e Comissário de Terceiros do Convento de Nossa Senhora dos Anjos da cidade de Cabo Frio; não serviu neste emprego. No capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 saiu eleito guardião deste mesmo Convento de Cabo Frio; mas não teve exercício e por causas bem atendíveis se elegeu em seu lugar o Pregador Fr. Custódio de São Bernardo Maia, a 15 de fevereiro de 1800. Na congregação intermédia de 28 de março de 1801 elegeram-no em Comissário de Terceiros no Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi eleito Comissário de Terceiros do Convento de São Francisco da vila da Vitória. Tornou a saiu eleito para o mesmo emprego e convento na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 e de 14 de abril de 1810. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 elegeram-no guardião e Comissário de Terceiros para o Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio e renunciou. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 saiu eleito presidente do Convento de Nossa Senhora da Penha. Foi eleito presidente do Convento de São Francisco da vila da Vitória na congregação intermédia de 20 de abril de 1816. Deste mesmo convento foi presidente in capite no ano de 1818. Após a congregação intermédia de 23 de outubro de 1819 foi morar no convento da Senhora da Penha exercendo o ofício de comissário do Ministro Provincial. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 tornou a ser eleito presidente do Convento de São Francisco da vila da Vitória. Elegeram-no presidente e porteiro do Convento de Santa Ciara da vila de Taubaté na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826. No capítulo celebrado a 9 de agosto de 1828 foi eleito guardião do Convento de São Francisco da vila da Vitória e Comissário de Terceiros do mesmo convento. Munido de todos os sacramentos faleceu no dito convento, aos 22 de agosto de 1829.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1193.
